Enquanto "estudava" ia pondo os olhos na MTV e no concerto "Hope for Haiti now". É impressionante como a arte, e em específico a música, é capaz de nos aproximar. Pena que esta aproximação só se dê aquando destas desgraças ou quando alguém se lembra que tem gente a morrer de fome. Ou que o próprio planeta, a casa que conhecemos e nos acolhe, está a morrer.
Fica aqui, aquele que foi para mim o momento mais bonito. Justin Timberlake e Matt Morris cantam o já tantas vezes imortalizado tema de Leonard Cohen "Hallelujah". É dificil interpretar algo que nos toque tanto cá dentro.
Music brings us closer. In art we find our humanity.

Lady Gaga esteve no programa da Oprah mais uma vez a pregar aquilo que um "little monster" como eu já sabe. Ela é "the real thing"! Oprah questionou-a sobre as extravagâncias, as roupas e a música, Gaga respondeu naturalmente timida como se apresenta sempre nas entrevistas. Nem parece o bicho de palco que é. Custa a crer que aquela penca gigante e "nerdie" é capaz de pensar e executar as ideias mais berrantes.
Gaga falou de como tem poucos amigos que sejam celebridades e a isso diz "that's ok", porque a coisa vive para o criativo e para todos os seus preciosos monstrinhos. A forma emocionante e apaixonada como fala dos seus fâs demonstra uma verdadeira devoção. Afinal o conceito Gaga só existe porque "freaks" como eu reconhecemos o seu talento e coragem para elevar o estranho a algo que eventualmente irá tornar-se banal.
Fiquei com a lágrima no canto do olho durante a performance de "Speechless", quando Gaga chora ao piano ao ver uma plateia inteira de "little monsters" a cantar o seu tema. Hoje em dia é tudo tão pré-fabricado que um desgraçado qualquer, que foi pago para cantar uma besteira ordinária, ao ouvir uma legião cantar a sua música é indiferente. Porquê? Porque não é dele! A letra foi escrita por outro, a música e os arranjos foram feitos por outros, o seu "look" e atitude é estipulado por outros, e tá ali aquele desgraçado, muitas vezes sem sequer ter o minimo talento vocal, a gritar umas agonias quaisquer ao som de um beat já muito batido, e abanar-se de maneira a provocar orgasmos múltiplos às pitas todas lá presentes. O público alvo hoje em dia é a pita! Gaga tá-se a marimbar para a pita. O público alvo dela é toda a gente, ou não tivesse o bicho criado faixas que além de uma letra aceitável (já vi pior), têm ritmo e melodia que dificilmente se tira da cabeça. Criou a fórmula perfeita do que é o Pop comercial e ao mesmo tempo artistico.
Release your inner freak! Esta é aquela parte em que dizem "é merda", e eu digo É LINDO! A Lady é a criatividade genuína. É todo um conceito elaborado e criado a partir do esquisito que há dentro de todos nós exteriorizado por esta magnifíca artista. Podem dizer o que quiserem mas depois de Beatles, Elvis, Michael Jackson e Madonna, só Gaga! Senta-te Rainha que o trono da Pop já é teu!