Depois de duas grandes guerras é agora vez da Alemanha tentar conquistar a Europa através da sensibilidade económica dos frágeis estados membros. Ontem, o governo alemão defendia que a Grécia devia perder a soberania para um comissário apontado pela UE. "Grão-a-grão enche a galinha o papo". Ainda houve referência ao controle de Lisboa. Como a conquista através do uso da força bélica é moralmente reprovável nos dias que correm, uma abordagem deste género será a subtil tentativa de ir "enchendo o papo"? Fica a dúvida. Como já devem ter reparado a Alemanha precisa mandar!
Esta proposta, foi no entanto rejeitada por diversas caras influentes da política Europeia. Nomeadamente pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Quem veio em defesa das afirmações alemãs foi Sarkozy. O "namoradinho" da potência alemã veio já dizer que as coisas não são bem assim. Como quem diz, "Merkel se calhar isso é um bocado óbvio.".
A questão aqui é que de facto os países em dificuldades financeiras dificultam a vida às potências, no entanto a União Europeia é como um casamento. "Na doença e na saúde". Um dos valores fundamentais impostos pelos sonhadores e utópicos pais fundadores do velho continente.
Agora vamos fazer uma pequena reflexão. O que é que a União traz de realmente bom aos países pequenos? Muito pouco na minha opinião. Vejamos o exemplo português. Graças às normas e regras impostas Portugal não é competitivo! A nossa agricultura acabou. A nossa indústria têxtil acabou! Foi-nos imposta uma moeda que nos retirou poder de compra! Isto porquê? Em prol da competitividade. Porque se produzir-mos mais do que os outros meninos não há competição. No entanto a França e Alemanha produzem imenso e não há restrições aí.
O Zé povinho falido e já sem capacidade de raciocinar, pergunta como é que Portugal ia viver fora da União, e como é que se sobrevive aos gigantes económicos. Muito simples. Especialização! A nossa agricultura tem potencial a nível da qualidade. Estamos a falar por exemplo em produtos como queijos e vinhos que em França são considerados "gourmet" e vendidos a preços exorbitantes que em Portugal são consumidos a preços acessíveis ao comum cidadão. O nosso calçado é vendido a grandes estrelas de Hollywood e aposto o que quiserem que não compram estes pares de sapatos a 10 euros. Temos o maior território marítimo da Europa com muito por explorar tanto a nível de pescas como de outros recursos. E tantas outras áreas em que poderíamos ser mesmo bons se nos dessem a real oportunidade de desenvolver esses projectos.
Mas o maior dos nossos potenciais é sem dúvida os génios que este país forma todos os anos que por não haver condições, nem oportunidades, têm de ir para o estrangeiro. A nosso maior recurso é o capital humano, que com as devidas condições tem a possibilidade de desenvolver investigação nas mais diversas áreas. Ideias que podem ser exportadas e adquiridas.
Uma aposta nas infraestruturas e materiais para estes profissionais seria uma mais-valia para este país que parece, na cabeça de muitos, já não ter nada para oferecer. Não temos petróleo. Temos génios!
Não há nada como a fruta de Verão. Fresca, macia, suave, com um pequeno toque de doce, ou completamente doce, a saltar açúcar pelos olhos. A cada dentada uma lavagem de alma e purificação de todas as coisas más que são ingeridas. Coisas que até poderíamos evitar mas não o fazemos. Coisas que comê-mos porque simplesmente tem de ser.
Fica aqui o slogan: "Fruta de Verão, reciclando o seu coração."