Não sei há quanto tempo foi, mas um dia estava a ver o Prós e Contras e na plateia levanta-se um fulano, que olhando para ele seria o mais parecido com um "rabxim" pseudo bem vestido. Cabelinho com ligeira crista, uma mosca no queixo, "the whole chibang"! O homem começa a falar, e com o sotaque nortenho mais sensual que existe, desbobina uma data de verdades sobre a procura de trabalho, e em particular sobre quem procura trabalho em Portugal. O típico, "Ai ninguém me diz nada", "Tou farta de enviar currículos, e nada". Com um discurso positivo e pró-activo, e às vezes um bocadinho inconveniente, como só esta personagem consegue ser, motivou-me imediatamente a fazer algo mais com a minha vida. Mas naquele momento. Era cerca das 23h...--' E por isso não fiz nada.
Ouvi-lo falar dá-me vontade de por projectos e ideias a correr. De pensar e transpirar trabalho criativo. Dá-me vontade de correr a maratona. E atenção! Eu não corro. Mas apetece-me quando o ouço falar.
Ficam aqui algumas imagens deste meu herói pessoal. Um homem do norte e um grande português. Daqueles que só ouvimos falar em batalhas épicas contra os mouros. Senhoras e Senhores. Meninas e meninos. Parasitas e batatas de sofá! Para vocês Miguel Gonçalves.
Lembram? Da banda sonora de The Faculty. Um filme onde um Josh Harnet muito "pikinino" descobre um grupo de docentes EVIL! Como se aplica aos dias de hoje? Uma sociedade feita a base de lavagem cerebral onde as ideias já não são as tuas mas sim as de um conjunto de senhores que lideram todo o "Faculty". Dá que pensar.
Ladies and gentleman! Lamento informar que Florence and The Machine cancelaram o Alive para virem tocar no meu Quintal! Obrigado à Florence por esta prenda de anos fenomenal! :P
E porque nem tudo é mau e deprimente fica aqui o meu primeiro même. :)
Esta ideia surgiu durante um jantar de amigas enquanto víamos o "A tua cara não me é estranha". Durante dias não me saiu da cabeça e cá está.
Depois de duas grandes guerras é agora vez da Alemanha tentar conquistar a Europa através da sensibilidade económica dos frágeis estados membros. Ontem, o governo alemão defendia que a Grécia devia perder a soberania para um comissário apontado pela UE. "Grão-a-grão enche a galinha o papo". Ainda houve referência ao controle de Lisboa. Como a conquista através do uso da força bélica é moralmente reprovável nos dias que correm, uma abordagem deste género será a subtil tentativa de ir "enchendo o papo"? Fica a dúvida. Como já devem ter reparado a Alemanha precisa mandar!
Esta proposta, foi no entanto rejeitada por diversas caras influentes da política Europeia. Nomeadamente pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Quem veio em defesa das afirmações alemãs foi Sarkozy. O "namoradinho" da potência alemã veio já dizer que as coisas não são bem assim. Como quem diz, "Merkel se calhar isso é um bocado óbvio.".
A questão aqui é que de facto os países em dificuldades financeiras dificultam a vida às potências, no entanto a União Europeia é como um casamento. "Na doença e na saúde". Um dos valores fundamentais impostos pelos sonhadores e utópicos pais fundadores do velho continente.
Agora vamos fazer uma pequena reflexão. O que é que a União traz de realmente bom aos países pequenos? Muito pouco na minha opinião. Vejamos o exemplo português. Graças às normas e regras impostas Portugal não é competitivo! A nossa agricultura acabou. A nossa indústria têxtil acabou! Foi-nos imposta uma moeda que nos retirou poder de compra! Isto porquê? Em prol da competitividade. Porque se produzir-mos mais do que os outros meninos não há competição. No entanto a França e Alemanha produzem imenso e não há restrições aí.
O Zé povinho falido e já sem capacidade de raciocinar, pergunta como é que Portugal ia viver fora da União, e como é que se sobrevive aos gigantes económicos. Muito simples. Especialização! A nossa agricultura tem potencial a nível da qualidade. Estamos a falar por exemplo em produtos como queijos e vinhos que em França são considerados "gourmet" e vendidos a preços exorbitantes que em Portugal são consumidos a preços acessíveis ao comum cidadão. O nosso calçado é vendido a grandes estrelas de Hollywood e aposto o que quiserem que não compram estes pares de sapatos a 10 euros. Temos o maior território marítimo da Europa com muito por explorar tanto a nível de pescas como de outros recursos. E tantas outras áreas em que poderíamos ser mesmo bons se nos dessem a real oportunidade de desenvolver esses projectos.
Mas o maior dos nossos potenciais é sem dúvida os génios que este país forma todos os anos que por não haver condições, nem oportunidades, têm de ir para o estrangeiro. A nosso maior recurso é o capital humano, que com as devidas condições tem a possibilidade de desenvolver investigação nas mais diversas áreas. Ideias que podem ser exportadas e adquiridas.
Uma aposta nas infraestruturas e materiais para estes profissionais seria uma mais-valia para este país que parece, na cabeça de muitos, já não ter nada para oferecer. Não temos petróleo. Temos génios!
Já passaram quase dois anos desde a formação deste blog. Muito se passou, muita tinta correu, uma nova vida, e acima de tudo uma nova atitude... POSITVISMO. Licenciatura acabada e mais uma aventura no mercado de trabalho.
Não fui só eu que mudei. O mundo está a mudar. Uma maior consciencialização está a chocar e a mover grandes pilares (e pilhões), da nossa sociedade. A noite passada passei além da minha hora de dormir por estar a seguir atentamente as noticias que chegavam pelas redes sociais. O grupo Hacktivista ANONYMOUS deitava abaixo sites como o do fbi, e da Warner Music, numa retaliação Global ao encerramento do MegaUpload. É incrivel o que esta gente anda a fazer, e a quantidade de informação que está a circular. Nunca a informação fluiu desta maneira!
Agora perguntam-me vocês onde isto nos vai levar? Não faço ideia. Só espero que depois de derrubarem o sistema actual, o que não deve faltar muito, "Grão a grão enche a galinha o papo", não surja um sistema governado por máquinas e por Geeks informáticos "ressabiados, que tornem isto numa espécie de Universo Terminator/Matrix. Não me levem a mal, adoro Geeks e Nerds. São os meus favoritos! Mas penso que é uma reflexão pertinente questionar o que vêm a seguir.
Dou por mim a pensar nas cidades lindas e verdes do Dr. Jacques Fresco. Onde não há governo, não há discriminação, e onde o trabalho não é remunerado por ser voluntário e em prol de todos. Isso é que era! Utópico... Será?